Um fato traz uma esperança brasileira de tratamento do COVID19. Um grupo de médicos e pesquisadores, liderados pela médica Dra. Elnara Márcia Negri, do Hospital Sírio-Libanês e da Universidade de São Paulo – USP, anunciaram resultados exitosos, em uma verdadeira esperança brasileira de tratamento do COVID 19.
Os trabalhos foram realizados em campo, através de vários pacientes em tratamento, sem financiamento público. E hoje esta equipe publicou artigo sobre o assunto, denominado Heparin therapy improving hypoxia in COVID-19 patients – a case series, no conhecido site www.medrxiv.org, do The British Medical Journal – BMJ.
Esse artigo da citada equipe obviamente que carrega em seu bojo a proteção por direitos de propriedade intelectual, ainda que não contenha patente.
Constam como autores os seguintes profissionais: Elnara Marcia Negri, Bruna Piloto, Luciana Kato Morinaga, Carlos Viana Poyares Jardim, Shari Anne El-Dash Lamy, Marcelo Alves Ferreira, Elbio Antonio D’Amico, Daniel Deheinzelin.
Os trabalhos foram desenvolvidos através de tratamentos em pacientes internados em hospitais da rede municipal de São Paulo, SP. Os medicamentos usados foram anticoagulantes. Tais medicamentos agiram diretamente nos alvéolos pulmonares, dissolvendo os quadros de trombose formados nos pulmões pelo COVID19 e que comprometiam gravemente a respiração dos pacientes.
Para que se compreenda melhor a dinâmica, o sangue e o ar respirado devem interagir nos alvéolos, localizados nas extremidades dos brônquios. No novo Corona Vírus, a partir de determinado estágio o sintoma de falta de ar mostrava-se mais intenso, por conta de trombose ocasionado justamente nestes alvéolos.
A pesquisa e a experimentação foram iniciadas com a necrópsia dos corpos das pessoas que haviam falecido por conta do COVID19. Foram constatados vários microcoágulos nos vasos sanguíneos, ao longo de todo o corpo dos cadáveres examinados.
Posteriormente, durante o tratamento de uma paciente idosa, observou-se a presença de cianose em partes do corpo e abruptas quedas dos processos de oxigenação, apesar da mesma está insuflando facilmente os pulmões.
Esse cenário, da paciente e das necrópsias, apontou para a possibilidade de tratamento com anticoagulantes, e os resultados foram excepcionais. E agora, reconhecidos mundialmente.
Graças a tais experimentos somos premiados com uma genuína esperança brasileira de tratamento do COVID19.
Entretanto, adverte-se que o uso destes medicamentos de forma precoce ou mesmo não assistida por médico – em auto-medicação – pode ser fatal. Isso se deve a dois motivos. Os anticoagulantes, como diz o nome, se prestam a interromper a coagulação, e a pessoa pode morrer com hemorragia.
Além disso, os medicamentos disponíveis em farmácias não possuem a dose do princípio ativo, na quantidade adequada para o tratamento. Portanto, deve-se evitar a todo custo a auto-medicação. A presença de sintomas torna imperativa a busca imediata de socorro médico.